Seis perguntas e respostas sobre a pílula do dia seguinte

Seis perguntas e respostas sobre a pílula do dia seguinte
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Em apenas dez anos, o consumo da pílula do dia seguinte aumentou 445% no nosso país. Entre 2003 e 2013, de acordo com o Panorama da Contracepção de Emergência no Brasil, saltou de 1,976 milhão de doses para 10,778 milhões. Mas será que o medicamento pode ser consumido de forma indiscriminada? O Ministério da Saúde alerta que “a indicação é reservada a situações especiais ou de exceção, com o objetivo de prevenir uma gestação inoportuna ou indesejada”. Entram aí casos bem específicos, como de pacientes portadoras de doenças crônicas, cuja gestação pode apresentar graves riscos para a mãe ou o bebê e onde outros métodos contraceptivos apresentaram falhas ou ineficácia. O uso indiscriminado do medicamento pode ter consequências para a saúde da mulher – mas os números tão altos indicam que nem todo mundo sabe que isso pode acontecer.

A seguir, você acompanha uma lista com as principais perguntas e respostas sobre a pílula do dia seguinte. O que é mito e o que é verdade? Descubra abaixo.

1. A pílula do dia seguinte é abortiva?

Não. O principal efeito da pílula é evitar a contracepção, bloqueando a ovulação, evitando a fertilização ou a formação do endométrio gravídico. Se o embrião já está formado, a pílula não tem efeito, nem deve ser consumida.

2. Posso usar a pílula do dia seguinte várias vezes no mês?

Não. Como o próprio Ministério da Saúde indica, a pílula só deve ser utilizada em exceções. Aqui, cabe ressaltar que ela contém doses hormonais de progesterona e estrógeno, que fazem uma sobrecarga no organismo para evitar a gravidez. Além disso, o comprimido pode perder sua eficácia se for consumido regularmente. Ou seja: não serve como substituta de outros métodos de contracepção. Outra informação importante é que a pílula do dia seguinte não tem nenhuma ação contra as IST´s (Infecções Sexualmente Transmissíveis).

3. Por quanto tempo a pílula do dia seguinte funciona?

O efeito é obtido em até 72 horas após a relação sexual. Nas primeiras 24 horas, a eficácia da pílula é de 88%, valor que vai diminuindo ao longo dos próximos três dias. Tomá-la uma vez não protege a mulher por todo o ciclo reprodutivo – nesses casos, é preciso procurar um ginecologista para que ele indique qual o melhor método contraceptivo que acordo com o histórico da paciente.

4. Quem esquece de tomar a pílula anticoncepcional pode tomar a pílula do dia seguinte?

Sim. Mas é importante saber que isso afeta todo o ciclo. A principal recomendação é suspender o anticoncepcional, aguardar a próxima menstruação e começar uma nova cartela.

5. A pílula do dia seguinte tem efeitos colaterais?

Tem, e os mais comuns são náuseas, dor de cabeça, diarreia e alterações no ciclo menstrual. Também podem ser observados outros sintomas como dor nas mamas e sangramento vaginal. A longo prazo, pode aumentar o risco de trombose, câncer de mama, câncer de útero e dificuldades para engravidar. Ainda não há estudos científicos suficientes para comprovar a relação entre a pílula e estas doenças ou mesmo infertilidade. O que se sabe é que a alta dosagem de hormônios do comprimido tem seus próprios efeitos e é por isso que a pílula deve ser consumida com responsabilidade.

6. Em quais casos devo utilizar a pílula do dia seguinte?

Quando houver falha em outros métodos, como por exemplo, esquecimento da pílula anticoncepcional por mais de dois dias e camisinha estourada no momento da ejaculação. A pílula do dia seguinte não deve ser utilizada como substituta a outros métodos. Na dúvida sobre o uso correto, o mais indicado é conversar com um médico.

Direção Clinipam:
Dr. Gilton Guilgen: CRM 6838
Dr. Cadri Massuda: CRM 6310

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