Androfobia: o medo irracional de homens
A androfobia, que é o medo irracional, constante e intenso de homens, ocorre mais em mulheres jovens. Contudo, não é exclusiva do sexo feminino, pois homens também podem ser diagnosticados com esse transtorno e, por ser uma fobia, é passível de tratamento psicológico. Às vezes ela é tão grande, que a pessoa fica com problemas para dormir e comer por causa do pavor. Os sintomas são:
- medo instantâneo, ansiedade ou pânico quando vê ou pensa em homens;
- certeza de que o homem oferece perigo, que vai atentar contra a vida ou honra da pessoa;
- percepção de que o medo dos homens é irracional, mas sente que não pode controlá-lo;
- ansiedade extrema, que piora quando um homem se aproxima fisicamente;
- dificuldade em realizar atividades diárias por causa do medo de homem;
- reações aos medos que se manifestam fisicamente: náusea, suor, batimentos cardíacos acelerados, tontura, desmaio, aperto no peito, dificuldade para respirar.
Experiências traumáticas, como abusos físicos, verbais ou sexuais são as causas mais comuns que levam ao desenvolvimento da androfobia. Podem ser desde provocações ou bullying até o estrupo. São vivências negativas que fixam a ideia de que os homens são agressivos, perigosos e que podem machucar novamente a pessoa.
Não se deve confundir androfobia com misandria. A primeira se configura como um temor grandioso e irracional de homens, mas por ser uma fobia, pode ser curada. Já a misandria é um sentimento de raiva, ódio, desprezo e preconceito contra homens ou meninos.
MULHERES SÃO 51,5% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Censo 2022, há seis milhões de mulheres a mais do que homens. Elas representam 51,5% da população brasileira, sendo que o número de homens para cada grupo de 100 mulheres, foi de 94,2.
Em 2010, elas representavam 51,03% da população e havia 96 homens para cada 100 mulheres no Brasil. Em 1980, 50,23% da população era mulher e havia 98,7 homens para cada 100 mulheres.
Esse predominância do sexo feminino ocorre devido a mortalidade dos homens ser maior em todos os grupos etários. As mulheres são maioria em todas as regiões, mas na região Sudeste essa diferença é maior.
- Sudeste: 51,8%
- Nordeste: 51,7%,
- Sul: 51,3%,
- Centro-Oeste: 50,8%
- Norte: 50,1%
O Acre foi o único estado com proporção igualitária entre homens e mulheres. O Rio de Janeiro é o que tem a maior proporção de população feminina (52,8%). E apenas em três estados os homens são maioria: Tocantins, Roraima e Mato Grosso. Este último tem a maior composição masculina (50,3%) e maior relação entre o número de homens a cada cem mulheres (101,3).
MULHERES SÃO MAIS VÍTIMAS DE RACISMO
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Uma pesquisa feita pela Faculdade Baiana de Direito, do portal jurídico Jus Brasil e do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), constatou que as mulheres concentram 60% dos casos de racismo e de injúria racial em redes sociais julgados no Brasil nos últimos 12 anos.
O estudo analisou 107 acórdãos judiciais de 2ª instância de julho de 2010 a outubro de 2022, em ações penais, cíveis e trabalhistas, que envolveram os dois tipos de crime. O levantamento afirma que os homens são vítimas em apenas 18,29% dos casos de racismo.
Enquanto a injúria racial é ofender a honra de alguém por meio de referências à raça, cor, etnia, religião ou origem, o crime de racismo atinge uma coletividade de indivíduos, discriminando toda uma raça. Até o início deste ano, a injúria racial tinha penas mais brandas, mas a Lei 14.532, de 12 de janeiro de 2023, equiparou a injúria ao racismo. Atualmente, ambos são inafiançáveis e imprescritíveis.
Diario de Pernambuco