Aos 50 anos, executiva da área de finanças  aplica seus conhecimentos para guiar novos líderes

Aos 50 anos, executiva da área de finanças  aplica seus conhecimentos para guiar novos líderes
Líder, mãe, atleta e agora empreendedora, Fabiana Nunes reflete sobre o protagonismo feminino em espaços masculinos e o bem-estar no ambiente de trabalho
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A líder, executiva, empreendedora, mãe e atleta, Fabiana Nunes, consolidou sua carreira ao longo dos seus mais de 30 anos de experiência, e desde muito nova realizava pequenos serviços já em busca de sua independência e autonomia financeira. Com uma experiência de quase uma década em auditoria contábil e consultoria tributária (KPMG), atuou em empresas de diversos setores como comercial, incorporação, construção civil entre outros mais.

Já em ambiente corporativo, trabalhou em grandes Cias, das mais estruturadas a startup, dos setores de telecom (Telefonica, Claro e Nextel), indústria (CSN) e serviços (Prosegur). Liderou as áreas de tax e finanças, implementando procedimentos, sistemas operacionais, planejamentos tributários e contribuiu com o caixa e resultado das empresas por onde passou. Sua habilidade em formar times, reestruturar equipes e processos garantiu o sucesso das áreas sob sua responsabilidade, transformando departamentos inteiros e conduzindo-os a resultados expressivos.

Trabalhando em um ambiente majoritariamente masculino, revela que precisou se desdobrar e criar uma “armadura” para lidar com seu dia a dia hostil, se tornando uma ‘mulher trator’, como a definiram no início de sua carreira. Com as suas experiências, além de executora e comunicadora, desenvolveu seu lado pessoal e profissional: “Lidei com pessoas que ‘apararam as minhas arestas’ e ‘me lixaram’, porque eu vi que pessoas machucadas, machucam outras pessoas, tendendo a serem tóxicos em suas relações”. Hoje, Fabiana busca usar suas expertises para auxiliar e orientar outros líderes a alcançar outros patamares em suas carreiras sem abrir mão do equilíbrio da vida saudável e da saúde mental. “Aprendi que liderar é servir e não ser servida. Por meio da transparência e da verdade, criei conexões com as equipes e as orientei a grandes resultados “, acrescenta.

Em seus momentos de lazer, a empreendedora pratica esportes frequentemente e se dedica a aprofundar sua conexão com a fé. Em 2016, quando ainda não se falava sobre o tema, enfrentou um episódio de burnout, que a obrigou a desacelerar o ritmo de seu cotidiano e exercitar o cuidado com o corpo e a mente. Além da terapia, dos treinos de musculação e funcionais, passou a fazer trekkings e montanhismo.

Após muitas travessias e montanhas brasileiras, em 2019 conquistou seu objetivo de escalar a montanha Salkantay, no Peru – de 4.629m. Entretanto, sofreu uma queda de 40 metros onde seu único ferimento foi uma grave lesão no tornozelo esquerdo. “Sobreviver a uma queda que equivale a um prédio de 13 andares, enfrentar toda a dificuldade para sair do vale até a recuperação do meu tornozelo, que culminaram em 08 cirurgias, me levou a um outro patamar de sabedoria, inteligência emocional e espiritual, onde passei a aplicar em toda a minha vida”, declara. Hoje, já 100% recuperada, Fabiana acredita que suas experiências difíceis lhe serviram para desenvolver sua resiliência, entender e ressignificar suas dores – além de trabalhar seu orgulho – aceitando ajuda em momentos delicados.

Diante do desafio do primeiro empreendedorismo, Nunes confessa que possui receio, sabendo que seria necessário investimento financeiro e de tempo hábil, contudo, suas vivências davam à ela a autoridade e confiança para prosperar. “É solitário estar no topo, como o pico de uma montanha, faz frio e venta muito. Mas às vezes você só precisa se recolher atrás de uma rocha, usar os equipamentos corretos e pensar em novos caminhos” declara.

Ao longo de sua carreira, percebeu também a presença do etarismo dentro das corporações. “As empresas divulgam que estão cumprindo as diretrizes, apoiando o movimento do empoderamento feminino e gerando inclusão, mas na prática não é isso”, diz. Ela relata fazer parte de outros grupos onde vê pessoas, principalmente mulheres entre seus 40 e 50 anos com excelência profissional, insatisfeitas com a falta de oportunidade para crescer dentro das empresas.

Fabiana também aponta a dificuldade de uma transição de carreira aos 50 anos: “Não é fácil, porque dá uma falsa impressão de que começou tarde, mas ao mesmo tempo, quando olha seu background, quando vê tudo o que já sabe e todo o conhecimento que tem, você fica muito mais segura para fazer. É um mix de sentimentos, só que há mais coragem e o desejo de fazer acontecer, de expandir o conhecimento e transbordar em outras vidas do que o medo em si”.

À respeito de mulheres 50+ que decidem seguir o mesmo caminho, Fabiana indica ser necessário ter uma segunda renda, se possível, e monetizar o conhecimento que foi consolidado ao longo dos anos. Também aconselha a utilizar a força, a sensibilidade e a coragem que tem na mulher para empregar em sua vida profissional. “Pegue o acúmulo de hormônios e transforme em negócios. Se permita navegar em locais predominantemente masculinos, seja ousada” ela finaliza.

Serviço: https://www.instagram.com/fabiananunes

Para maiores informações:

Ana, Carolina e Gabriel 

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