Ana Castela comenta sobre machismo: ‘Povo acha que pode pegar onde quiser por eu ser mulher’

Ana Castela comenta sobre machismo: ‘Povo acha que pode pegar onde quiser por eu ser mulher’
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Ana Castela falou ao podcast g1 ouviu sobre como lida com atitudes machistas durante as turnês. “Existe um pouquinho de machismo. O povo acha que pode pegar onde quiser por eu ser mulher”, comentou. “Estou aqui para exaltar a mulher. Ela pode fazer o que ela quiser, a mulher é top.”

Ana Castela foi a convidada de uma edição ao vivo do g1 ouviu. A cantora de 18 anos é um ícone sertanejo para os fãs novinhos que dançam de chapéu e bota no TikTok. Ana faz parte de uma cena que canta o orgulho do agro e mistura o “modão bruto” com estilos eletrônicos. O estouro veio com “Pipoco”, que chegou ao topo dos rankings das plataformas de streaming.

Ana nasceu em Amambai (MS) e foi criada na vizinha Sete Quedas, na fronteira com o Paraguai. Hoje, é a grande voz da nova “galera do chapéu”, com um sertanejo atualizado que a fez ganhar o Prêmio Multishow de Artista Revelação neste ano.

Ana disse que pretende lançar um álbum possivelmente até o fim do ano. Além de músicas próprias, ela pretende incluir regravações. “A gente vai pegar uns modões raiz e regravar. Como fizemos ‘Clima de rodeio’. Hoje as criancinhas ouçam e falam que é minha”, comentou, ao falar da música do grupo Dallas Company, lançada em 2002 com o refrão “Alô, galera de cowboy! Alô, galera de peão”.

A cantora está muito ocupada com shows e entrevistas nos últimos meses. “Está tudo muito corrido, estou grata por tudo que está acontecendo. Mas o que mais queria da minha vida hoje é deitar na minha cama e dormir por 20 horas seguidas”, diz a cantora.

Ana Castela conta que começou a soltar a voz cantando música gospel em grupos de jovens, quando era criança. “Eu sou cristã, eu adorava quando pedia para eu cantar salmos na Igreja. Foi uma época que eu comecei a cantar mais, mostrar mais a minha voz. A maioria das cantoras aprende a cantar na Igreja. Antes de começar a cantar na Igreja Católica, eu gostava de cantar música gospel, em casa mesmo.”

A cantora começou a faculdade de Odontologia, mas trancou a matrícula. Na época da escola, antes de ser universitária, ela disse que tinha medo do futuro. “Eu chorava porque não sabia o que seria da minha vida”, explicou.

Ana disse que ainda não se acostumou a se encontrar com famosos. Daniel, Paula Fernandes e Naiara Azevedo foram alguns dos artistas que a fizeram ficar empolgada. “A gente é emocionado, porque é um sonho ter essa carreira”, comenta. “Eu fico ainda mais feliz quando a pessoa é gente boa.”

Ana explicou a cena musical e de influenciadores da qual faz parte, chamada de “galera do chapéu”. “A gente fala da roça, sempre deixa claro o chapéu, a bota. A gente fala: ‘O pessoal nem vai pra fazenda, mas usa chapéu e bota’. A pessoa não precisa ser da roça, mas pode gostar. Muita gente fala pra mim e pro meu pai: ‘Legal, sua filha fez a minha filha ir pra fazenda’. É muito legal também ver as criancinhas de chapéu e bota.”

Ela disse que sonha em fazer um dueto com Luan Santana, e diz que é chamada de “Luan de saias” pela história e estilo semelhantes.

Embora tivesse lançado outras músicas que chamaram atenção dos fãs de sertanejo, como “Boiadeira”, Ana sentiu que mudou de patamar só depois de “Pipoco”. “Eu pensei: ‘Meu Deus, agora eu tenho um nomão’. Passou um tempinho e eu comecei a sentir um pouco de medo, porque quanto mais conhecido, mais pessoas te veem. No começo, eu fui bem criticada, falavam: ‘Pô isso aí não é sertanejo’.”

Fonte:G1

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