Conheça as mulheres ordenadas padres da Igreja Católica que enfrentam o Vaticano
Anne Tropeano passa roupa, preparando-se para o dia atribulado que tem à sua frente. Ela pega sua alva e sua casula delicadamente bordada – vestimentas usadas pelos padres católicos em todo o mundo. Em um calendário preso na parede, lê-se a anotação em caneta vermelha: amanhã é o “dia da ordenação”.Mas ela também está ao telefone contratando um segurança para a missa em uma igreja de Albuquerque, no Novo México (Estados Unidos), onde mora. Tropeano imagina que pode haver hostilidade.
“É uma questão tensa. Nem todos estão abertos nem mesmo a considerar a possibilidade de que as mulheres sejam convocadas ao sacerdócio”, afirma ela.
Tropeano não está apenas preocupada com assédio pessoal. Ela conta que, desde que tornou pública sua esperança de tornar-se padre da Igreja Católica, sofre um “impressionante” assédio online.
Tropeano é uma das mais de 200 mulheres em todo o mundo que fazem parte do movimento pelas mulheres padres da Igreja Católica, um grupo que participa de serviços de ordenação não autorizados para tornar-se padres, em ato que desafia a Igreja Católica Romana.