Consumidoras caem em golpe do boleto falso; veja como evitar

Consumidoras caem em golpe do boleto falso; veja como evitar
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Pagar contas não é tarefa das mais agradáveis, mas imagine pagar um boleto e descobrir que continua devendo porque o documento era falso?

Foi o que aconteceu com a arquiteta Fulvia Gallo e com a servidora pública Goreti Palmeira, que pagaram boletos falsos e sentiram o prejuízo no bolso.

A arquiteta Fulvia Gallo conta que recebeu o boleto da conta de telefone por e-mail em uma data próxima ao vencimento e com valores próximos ao que costuma pagar.

Tranquila, imprimiu e pagou no prazo. Estranhou, portanto, que a empresa ligava continuamente para dizer que a conta estava em aberto.

Foi só então que percebeu que o boleto que havia pago era falso e o dinheiro caiu na conta de algum golpista. 

Situação semelhante foi vivida pela servidora pública Goreti Palmeira, que também recebeu um boleto por e-mail de uma empresa de telefonia, não desconfiou de nada e pagou a conta.

Depois de um tempo, ela percebeu que o celular não fazia mais ligações, só recebia.

Ao entrar em contato com a empresa, pediram para a consumidora enviar o comprovante de pagamento. Foi o que ela fez e, desse modo, descobriu que a conta tinha sido paga sim, mas para golpistas, já que aquele boleto não era da empresa.

Tanto Fulvia quanto Goreti pagaram a conta de novo, com multa e juros, para ter suas contas quitadas e continuar usando os telefones. Não procuraram a Justiça, pois o valor de cada conta era de pouco mais de cem reais.

Melhor sorte teve o contrarregra Joelson Moraes, que escapou de pagar o boleto falso recebido pelo correio. Ao abrir o envelope, viu que o design da conta era totalmente diferente do boleto que recebe todo mês da empresa de água. ‘O código de barras também estava estranho, não era nada parecido com o que eu recebia.’

Moraes não pagou o boleto, mas ficou preocupado. ‘Foi sorte que eu abri a correspondência, pois acredito que minha mulher teria pago spois minha mulher não se atenta tanto e acredito que teria pago sim, sem nem perceber’, disse.

A experiência negativa fez com que os consumidores prestassem ainda mais atenção aos boletos que recebem. 

Moraes, por exemplo, diz que agora a mulher sempre fica atenta aos boletos, para não pagar nenhuma conta falsa.

Goreti diz que a experiência fez com que todos da casa tomassem mais cuidado com os boletos. A conta do telefone foi colocada em débito automático e a funcionária passou a usar o sistema de DDA (Débito Direto Autorizado), que permite que o banco informe todas as contas emitidas no CPF da pessoa. ‘Dessa forma, consigo saber tudo que foi emitido de conta no seu nome, e inclusive contestar eventuais débitos errados’, diz.

O advogado especializado em direito bancário e do consumidor Alexandre Berthe lembra que um axioma do Direito diz que ‘quem paga mal, paga duas vezes’, pois a obrigação só pode ser considerada cumprida quando o pagamento é feito ao credor.

Nem sempre isso é verdade, caso o consumidor consiga provar sua boa-fé e responsabilidade da empresa, pois o Código também considera válido o pagamento ao ‘credor putativo’, ou seja, aquele que tem a aparência de ser  credor verdadeiro, mesmo não sendo.

As decisões dos tribunais variam muito. Há decisões que entendem que o banco tem o dever de indenizar o consumidor que fez o pagamento para um golpista, especialmente quando o golpe é feito de tal maneira que tem toda a aparência de verdade, caso em que os golpistas têm acesso aos dados da vítima e informações confidenciais dos boletos, por exemplo. Já quando o consumidor acaba se utilizando de meios não oficiais ou se trata de fraude mais grosseira, a Justiça acaba por não dar ganho de causa ao consumidor, mesmo que esse seja, por definição, considerado a parte fraca da relação de consumo.

Por isso, o conselho do advogado é que o consumidor evite fazer pagamentos de boletos enviados por SMS, e-mail, whatsapp, e que sempre procure os canais oficiais das empresas e credores.

Os boletos bancários são uma das formas mais utilizadas para pagar contas. Saber identificar os boletos falsos é essencial para evitar cair em golpes que simulam boletos verdadeiros, mas que, ao serem pagos, o dinheiro vai para a conta de criminosos. O resultado é prejuízo para o consumidor e para a empresa. Confira estas cinco dicas da Serasa Experian para identificar se um boleto é mesmo verdadeiro:

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1. Sempre confira os números do código de barras Nos boletos verdadeiros, os números do código de barras aparecem na parte superior e na inferior do documento e elas devem ser exatamente iguais. Além disso, os três primeiros números da sequência correspondem ao código do banco que emitiu o boleto.  Para saber os códigos dos bancos, acesse este link

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2. Verifique a fonte que emite o boleto Emita o boleto diretamente no canal oficial e não clique em boletos enviados por e-mail, SMS ou WhatsApp, caso esse procedimento não tenha sido informado pela empresa.

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3. Confira os dados do boleto Boletos falsos podem vir com erros de português; confira se as informações são verdadeiras e escritas de forma correta. Confira também as informações de data de vencimento, nome do beneficiário e o CNPJ. Em caso de dúvida quanto ao CNPJ, pesquise o número na página da Receita Federal.

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4. Fique atento ao valor O valor total do boleto sempre aparece em dois campos do documento: no final do código de barras e também no espaço chamado ‘valor do documento’. Se esses valores não baterem, você pode estar com um boleto falso. Outro ponto de atenção é se o valor da cobrança está diferente do acordado ou diferente no caso de cobranças fixas.

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Dica 5: Preste atenção aos dados do beneficiário O CNPJ do emissor deve estar descrito no boleto bancário. Algumas empresas usam ou nome da razão social (nome oficial da empresa) e outras, o nome fantasia. Se você desconfiar do nome, pesquise o número do CNPJ na página da Receita Federal.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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