Drogas, violência, sexualidade: qual a maior preocupação das mães com os filhos?
Neste domingo (12), dia das mães, o Campo Grande News quer saber qual a maior preocupação das sul-mato-grossenses com os filhos: drogas, violência, sexualidade ou falta de oportunidades? Escolha uma das alternativas na enquete abaixo e deixe sua opinião nas redes sociais.
O cenário de dependência química na Capital assusta quem passa por diversas ruas da cidade. E, apesar de serem rotulados como “só mais um usuário’ desconhecido, sempre há por trás de quem dorme nas calçadas, (lado extremo do vício), uma família que sofre e, na maioria dos casos, uma mãe.
Conforme já abordado pelo Campo Grande News, a doença se espalha sem combate e o panorama revela uma “ressaca social’. Conforme a UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime) divulgada em 2022, o uso de drogas entre pessoas na faixa etária entre 15 e 64 anos aumentou significativamente nos últimos dez anos.
Além da questão da dependência, outros fatores são abordados pela enquete, a falta de oportunidade, violência e sexualidade. Na capital, de janeiro a maio foram registrados 5.276 casos de furtos, 5 feminicídios, 189 casos de estupro, 45 homicídios, 75 tentativas de homicídio e 2.317 ocorrências violência doméstica. Os dados são da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).
Apesar de todo crime ser uma violência, nem toda violência é um crime. A não escolarização, necessidades de ajuda familiar e falta de oportunidades ou perspectiva podem contribuir com o envolvimento dos jovens, em vulnerabilidade social, em crimes e, consequentemente à alguma camada da violência.
O estudo divulgado em 2020 pela Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), apontou a evasão escolar de crianças e adolescentes na fronteira do Brasil com o Paraguai, a 323 quilômetros de Campo Grande, como um dos principais fatores da participação de jovens no mundo do crime e sobretudo ao crime organizado.
Conforme pesquisa, que analisou o perfil dos atos infracionais praticados por crianças e adolescentes na cidade ponta-poranense o contrabando de cigarros era o delito mais comum. O estudo apontou que 7,1% dos entrevistados, que faziam parte do ato ilegal, alegaram que o motivo da ação se dava por ‘necessidade de sobrevivência’ e 4,1% por ‘não terem opção’.
Sexualidade – Em 2023, sete pessoas pertencentes ao grupo LGBTQIA+ tiveram morte violenta em Mato Grosso do Sul. O dado coloca o Estado, junto com o Espírito Santo, como responsável por 2,72% das mortes dessa população em todo Brasil.
São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará são os cinco primeiros com mais casos com 34, 30, 28, 22 e 21 mortes conforme dados do GGB (Grupo Gay da Bahia), mais antiga organização sobre direitos da comunidade.
Ainda em 2023, dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado mostraram que o índice de racismo por homofobia ou transfobia aumentou 112,5%, de 2021 a 2022, em Mato Grosso do Sul. A taxa saiu de 0,8 para 1,7, ou seja, duplicou.