Empreendedorismo feminino: você quer ser uma mulher de negócios?
Você considera que ser uma mulher de negócios é algo difícil de alcançar? Se sim, fique tranquila: você não está sozinha! Uma pesquisa realizada pela EY, empresa norte-americana de serviços profissionais que tem apoiado o empreendedorismo feminino no mundo, revelou que 43% das mulheres veem o medo do fracasso como principal empecilho no momento de abrir um negócio.
Por causa disso, neste artigo, vamos falar melhor sobre como essa realidade vem impactando o mundo dos negócios e como a presença delas tem crescido nos últimos anos. Além disso, citaremos algumas dificuldades e daremos dicas de como você pode superar as barreiras e entender que empreender pode ser para você. Confira!
Uma presença que não para de crescer
Uma pesquisa realizada pelo governo brasileiro, com dados coletados entre 2002 e 2012, indicou que o número de mulheres que abriram seu próprio negócio aumentou 18% no período, o que representa em números absolutos mais de 7 milhões de pessoas.
Vale destacar que, para ser considerada uma empresária, não é preciso necessariamente estar à frente de uma grande empresa, mas exercer qualquer atividade remunerada de forma independente. Pode ser, inclusive, produzir tortas e bolos em casa e vendê-los na cidade.
O mais importante aqui é perceber o quanto uma ação empreendedora pode mobilizar a realidade das mulheres do mundo, simplesmente por possibilitar a abertura de novos caminhos e perspectivas.
Conseguir o próprio sustento e contribuir para a renda familiar são ações que interferem no universo feminino de forma ampla. Isso contribui para que, ao participar da receita familiar e trazer algum valor para a sociedade, o debate inclusivo seja reforçado, e as chefes de família também sejam vistas com mais respeito, poder e independência.
O papel da mulher no mundo dos negócios hoje
Ainda que a quantidade de empreendedoras tenha aumentado e represente hoje cerca de 30% do total, esse número não é de forte impacto. Isto é, mesmo que elas tenham se sentido mais encorajadas para exercer funções independentes, ainda existe um medo de ir além. Apenas 2% das companhias com líderes mulheres faturam mais de R$ 1 milhão ao ano.
Essa realidade nos mostra que há muito ainda a ser feito para que essa prática se torne igualitária. Os desestímulos são diversos e podem ser tanto de fatores externos quanto internos.
Principais desafios e como superá-los
O maior problema nesse debate é a mudança de cultura. De alguma forma, todos os desafios esbarram nessa questão.
Ao longo da história, as mulheres, em sua maioria, exerceram seus papéis como donas de casa e mães de família, sendo de responsabilidade do homem trabalhar fora para trazer o sustento para a casa. Porém, esse comportamento não reflete a realidade atual, pois as mulheres têm conquistado, pouco a pouco, mais igualdade em relação aos homens.
Isso foi possível pelas reivindicações e conquistas de direitos, que foram fazendo com que a inclusão acontecesse. Contudo, o que ocorre é que muitas mulheres ainda têm medo e não confiam que possam estudar, trabalhar e chegar onde quiserem.
Por isso, é importante vencer a barreira interna e se permitir viver a aventura do empreendedorismo feminino, além de colher os frutos que isso pode gerar. Mais do que um retorno financeiro, exercer uma atividade é causar uma transformação social e ter a possibilidade de realizar trocas, se comunicar e compartilhar experiências.
Um fator externo que acaba se tornando um desafio é a dificuldade de investimento. Muita gente ainda leva em consideração o gênero no momento de investir ou de apostar em uma ideia. Além de tudo, há um desestímulo comum para crescer na própria carreira, o que acaba levando as mulheres a se contentarem com o lugar que já alcançaram.
Dicas que podem ajudar
Os desafios são muitos, mas o fato é que a realidade tem se transformado por meio de iniciativas pequenas. Portanto, não deixe que eles sejam um fator desestimulante, mas uma oportunidade de crescimento e aprimoramento.
Separamos, a seguir, algumas dicas para auxiliar em sua jornada empreendedora:
Autoconfiança é indispensável
Um dos pontos citados anteriormente foi a questão de confiar em si mesma. Já existem fatores externos aos montes para causar desestímulos, portanto, nunca deixe que seus medos falem mais alto do que você é capaz de realizar.
Entenda seu perfil de negócio
Nenhuma mulher é igual a outra e não existem coisas “de mulher”. Existe mulheres que se identificam mais com um assunto do que com outros. Por isso, se encontre e faça algo que tenha a ver com você, e não com as projeções que os outros alimentam de você.
Encontre algo pelo que você se apaixone
Empreender é naturalmente complicado, seja entre homens ou mulheres. As chances de você se destacar e ter maior realização no seu trabalho são maiores se você faz o que ama. Por isso, não se contente com pouco e corra atrás dos seus sonhos.
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Não desista!
Todo mundo que chegou longe, o fez porque persistiu. Existem fases em que tudo parece dar errado, mas o importante é ter paciência e não se desesperar. Desafios sempre vão ocorrer, só não vale desistir no primeiro obstáculo.
Tenha outras saídas
Um dos maiores desafios de empreender é justamente o medo da incerteza. Abrir um negócio é sempre arriscar e se responsabilizar pelas escolhas que fizer. Não existe fórmula de sucesso.
Porém, o que diferencia um grande negócio dos pequenos é a capacidade de criar alternativas inusitadas e inesperadas para os obstáculos.
Faça acontecer
De nada adianta ter grandes sonhos, mas vivê-los apenas dentro da própria cabeça. Não se prenda muito em pensar no futuro e em como as coisas vão ser. O planejamento é importante, mas saiba que existem muitas variáveis no caminho que são incontroláveis e que só podem ser encaradas após a realização dos seus sonhos. Portanto, tire os planos do papel e coloque-os em ação.
Aja como uma mulher
Um erro comum, exatamente por causa das desigualdades, é as empresárias tentarem se comportar como homens no trabalho, para tentar se encaixar. Mas essa não é a saída, pois o universo feminino é diferente e deve servir para agregar. A desigualdade que deve ser reivindicada está nas oportunidades, não nas diferenças saudáveis entre um e outro.
Conseguiu perceber melhor como o empreendedorismo feminino pode ajudar não somente em sua realização pessoal e de sua família, mas de toda a sociedade? Com essas dicas, não existem mais desculpas para não pensar em seguir seus sonhos!