Mounjaro: remédio para diabetes e obesidade já tem data de lançamento no Brasil

Mounjaro: remédio para diabetes e obesidade já tem data de lançamento no Brasil
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O Mounjaro, medicamento de aplicação semanal para diabetes e obesidade, já tem data para ser lançado oficialmente no Brasil: 7 de junho. A informação acaba de ser divulgada pelo laboratório Eli Lilly, que desenvolveu o remédio à base de tirzepatida.

O fármaco foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento do diabetes tipo 2 em 25 de setembro de 2023. A demora para a chegada às farmácias tem a ver com a preparação da empresa para atender à demanda no país e no exterior.

Nos Estados Unidos e na Europa, a tirzepatida também foi liberada para o controle da obesidade – um dos motivos pelos quais é altamente esperada. Essa aprovação ainda é aguardada por aqui.

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O Mounjaro é o primeiro medicamento da história de uma classe que imita dois hormônios naturalmente produzidos pelo corpo, o GLP-1 e o GIP. Ao mimetizar esse mecanismo, ele estimula a fabricação de insulina pelo pâncreas e aumenta a sensação de saciedade. Por isso, consegue atuar tanto para o equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue como na redução do peso.

A novidade da Lilly terá como principal concorrente a semaglutida, da Novo Nordisk, molécula que é a base do Ozempic (remédio semanal para diabetes tipo 2) e do Wegovy (para obesidade). Em estudo comparativo, a tirzepatida conseguiu enxugar 20% do peso corporal dos pacientes, enquanto a semaglutida chegou a quase 14%.

Nas pesquisas, a medicação também obteve índices surpreendentes de controle glicêmico: pacientes em uso das canetas chegaram a taxas de hemoglobina glicada, exame que dá uma média trimestral dos níveis de glicose no sangue, semelhantes às de pessoas sem diabetes.

O sinal verde concedido pela Anvisa foi amparado em um conjunto de dez estudos envolvendo, ao todo, mais de 19 mil pessoas com diabetes tipo 2 pelo mundo, inclusive no Brasil. Por aqui, 1 500 voluntários participaram da pesquisa, que englobou mais de 50 investigadores e 65 centros médicos.

O laboratório ainda não anunciou a data oficial de chegada dos produtos às farmácias nacionais nem o preço. BATANEWS/VEJA

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